quarta-feira, 18 de março de 2009

Foi apenas um Sonho

Título original: Revolutionary Road
Dirigido por Sam Mendes. Drama, 119 minutos. DreamWorks.

Aborda a vida de um jovem casal do subúrbio de Connecticut na década de 50. April (Kate Winslet) e Frank Wheeler (Leonardo Dicaprio) há sete anos casados, com dois filhos, se veem confrontados com os sonhos da juventude e a realidade em que vivem. Frank viaja todos os dias a NY para o escritório da empresa onde trabalha, e odeia, enquanto sua mulher cuida das crianças e da casa, oprimindo seu desejo de ser atriz. April na esperança de um recomeço e tentando fugir da ostentação de uma família modelo que não é real, propõe à Frank se mudarem para Paris, onde ela trabalharia e ele teria tempo livre para pensar no que realmente quer da vida. Com os novos planos, uma alegria invejavel toma conta dos Wheeler, até Frank receber uma proposta de trabalho no ramo dos promissores computadores, o que faz com que ele priorize o que ja tem, decidindo por não ir morar na Franca. As aparências de vida perfeita e os sonhos perdidos vem a tona quando questionados pelo filho de um casal amigo, John (Michael Shannon), considerado louco mas o único que realmente vê o que se passa.

CRÍTICA
Excelente. Não tem o que dizer a mais deste trabalho. 11 anos após Titanic, vemos a evolução profissional de Kate e Dicaprio, que transmitem a desilusão do casal de forma única. Kate é fantástica como a dona de casa que quer a qualquer custo resgatar os planos do passado e Leonardo, como o marido que aceita o mesmo trabalho que seu pai fazia, e que tanto o decepcionava, para sustentar o modelo de família exemplo que todos esperam.
Michael Shannon merece grande destaque. Nas 2 cenas em que aparece impressiona sua interpretação. Só assistindo pra sentir.
Em relação ao enredo, eu gostei. Do mesmo diretor de Beleza Americana, marido de Kate Winslet, o filme trata da delicada situação em que é descobrir a frustração de uma vida sem nada de especial, comum e insignificante. Mais ainda quando nos vemos cercados por um mundo que dita regras de sucesso, como trabalho, filhos, casa, carro e sorrisos brilhantes estampados.
Achei falta da participação dos filhos do casal. Quase 90% das cenas é sem a presença das crianças, mas é justificada pelos personagens com festinhas em vizinhos e coisas assim.
Fora a mania do Leonardo Dicaprio de enfiar as mãos no bolso a cada 10 segundos eu realmente gostei do filme. Vale muito a pena conferir.

Um comentário:

  1. Realmente é bom o filme ... me decepcionei com o final só. Esperava uma reviravolta pela parte da Kate, que era cabeça super a frente da sua época ... ela poderia ter ido sozinha para Paris. E sobre os filhos do casal ñ aparecer mto ... tbm achei mto estranho ... mas ela é fantásticaaa ... adoro tdos filmes que ela faz... e Dicaprio ñ sei, mas ñ consigo gostar dele em papéis de homens maduros e tal, deve ser a carinha de nene que ele tem, ñ me convence.

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